Precisamos falar sobre esse filme
Neste ultimo fim de semana, enfim, consegui assistir
Precisamos falar com Kevin. Há muito tempo um filme não mexia tanto
comigo. De dormir e acordar e até fazer
sonhar (ou ter pesadelos) pensando nele.
O filme é belissimamente dirigido por Lynne Ramsay inspirado
no livro de Lionel Shriver. Baseado e fatos reais, não somente um único fato e
sim na famosa epidemia americana de surtos de adolescentes e tragédias em colégios.
Não se trata de bullying e sim da natureza de Kevin.
Tilda Swinton está impecável no papel de uma mãe que se
afasta de sua carreira para ter um filho, aquela historia de se doar para
perpetuar a espécie. Ao longo dos anos o
casal tem problemas de comunicação e o pequeno Kevin começa a demonstrar não
ser uma criança comum. Ter filhos é como apostar na loteria, muito difícil acertar
os números e levar o premio parar casa.
O filme é totalmente desconstruindo e aos poucos vamos
montando os quebra-cabeças da infância e adolescência de Kevin até o dia em que
ele resolve concluir seus planos de “vingança”. Vingança contra o que? Nem
mesmo o Kevin diz saber. O Filme não é revelador, ou contestador, não concluí idéias.
Até onde vai a culpas dos pais nas decisões certas ou erradas dos filhos e qual
a interferência na predisposição genética ou psicológica que a própria pessoa tem em
suas escolhas? Ele nos faz pensar sobre nós mesmos, em nossa família, e na vida
em geral, na nossa responsabilidade na hora de gerar outro ser. As perguntas
que me fiz são deliciosas, gosto de filmes assim, que me fazem pensar sobre
questões profundas, crônicas do nosso subconsciente.
Um comentário:
Porra, quero ver.
Você ainda tá com ele aí na tua casa?
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