domingo, 27 de junho de 2010

Post # 3 1


Estava fuçando meu Fotolog em busca de algumas fotos. Apesar de algumas serem bem vergonhosas não consigo deleta-lo porque é uma especie de diario meu onde volta e meia estou lá a reler e rever alguns momentos da minha vida. Eu era bem melancolico, bem mais do que sou hoje em dia...

Antigamente me atrevia a escrever poesia e postava algumas lá. Não sei se está na métrica correta, dentro das regras, etc.. Mas ao reler o poema abaixo me identifiquei.


"Quero poder me livrar de medos
tento sorrir
acalantar um pranto
antes de dormir puxo meu manto
descobrindo os meus pés

sei que em todo túnel há um fim iluminado
mas o meu está lacrado
escrevo ali no muro meu sussurro escondido
brinco que é seu ouvido onde tudo faz sentido
onde deposito os meus gritos

jogo tudo em desespero
fecho os olhos,vejo tudo
pois de olhos fechados me escondo do futuro
na minha cabeça posso tudo
até amanhecer-me outra vez"


Parece que as minhas palavras continuam com os mesmos significados. Será que eu achei que mudei, mas não? Ainda terminei o post:

"pensando, pensando e pensando... quero voar, quero cantar, quero viver e amar... sou normal afinal, como diz a canção do poeta ' e no peito dos desafinados também bate um coração' "

Um comentário:

Andrea disse...

Acho que mudar é curso natural da vida, pelo menos deveria ser.
Contudo algunas coisas não mudam: a busca de si mesmo é uma delas, o medo, seja qual for a sua natureza, sempre acabamos nos deparamos em alguma curva (e são muitas as curvas, eu sei). Mudar uma parte de si e outra não mudar acho que é viável e necessário, porém, qual parte presevar e qual descartar? Onde é puro e simplesmente apego? São as perguntos que faço a mim mesmo depois de ler seu texto. Sobre a dúvida "escrever ou não escrever poesia", continue, sempre. Mil beijos.