O Retorno de Jedi: a união de varias forças táticas e militares para invadir o complexo do alemão
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Post #45 e o créu
O Retorno de Jedi: a união de varias forças táticas e militares para invadir o complexo do alemão
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Post # 44 e o Bullying
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Post # 4 3
A gente vota Dilma from a gente vota dilma on Vimeo.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Post # 4 2
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Post # 4 1
sábado, 18 de setembro de 2010
Post # 4 0
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Post # 3 9
Claro, não quero aqui provar que sou auto-suficiente. Pq eu não sou mesmo. “Preciso de musas inspiradoras”. Mas de certo que essas coisa não são definitivas. Musas vão e vem. E eu fico aqui. Esperando a tal inspiração que nunca vem...
Não sei de onde vem essa força autodestrutiva, não sei mesmo, sei que existe uma lista de coisas que preciso fazer... Enquanto há vida, há de se caminhar até seu pé ficar em carne viva. Temos de olhar para trás, as vezes, pq muitos caminhos que iremos avistar no futuro são parecidos. Espero chegar em um nível em que eu não precise mais aprender.
Enquanto minha vida não findar eu sou eterno, por isso eu pretendo cuidar melhor de mim.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Post # 3 8
Qual o próximo passo agora? Primeiro admitimos as coisas... E? Eu sou bem confuso. Deixei tantas coisas acumularem que não sei por onde começar.
Até nas coisas mais simples, como arrumar o quarto. Tenho que tirar a poeira (já tomei antialérgico para tal tarefa), organizar meus livros, DVDs, CDs (ainda tenho cd!). Preciso esvaziar as gavetas, jogar as coisas velhas no lixo! Dentro do armário, preciso organizar gavetas por ordem: camisa, calças, bermudas, brinquedinhos sexuais (BRINKS!!!).
Nosso quarto às vezes parece nossa vida: temos que fazer uma bela limpeza antes de chamar visita.
Eu estava aqui no meio da limpeza do meu quarto e veja só, tive a idéia para escrever. Parei tudo, fiz mais café. Já estou terminando, a vassoura está ali me olhando no cantinho, sozinha... Na verdade eu ia falar sobre outra coisa, mas a mente voa né? Então amanhã eu falo sobre o que ia falar hoje. Não sei o que está acontecendo, pq já é a 3ª vez que escrevo essa semana.
Mas essa vontade de gritar...
sábado, 28 de agosto de 2010
Post # 3 7
Sei que mais uma vez falei coisas que não devia para pessoas que não tem nada a ver com meus problemas Dentre aquelas decisões que você pode julgar “impensada”... Não, não foi, pensei muito. Decidi ficar na minha. De verdade. Olhar pra dentro de mim. Que é mais importante neste momento.
Eu tentei, mas não quero Não quero pq eu não gosto de coisas aleatórias, impulsivas e impensadas.
Gosto mesmo de carinho. De acordar juntinho. De falar da vida, pós sexo.
Como nada disso encontrei, fico aqui. No meu quarto. A fumar espero. Espero por alguém que me faça ter vontade de parar de fumar...
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Post # 3 6
Não sei nada de Direito, mas um de seus preceitos (perdoem-me por não lembrar exatamente o que diz a constituição) é a seguinte:
“Tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual”
Por exemplo, pense num cadeirante: ele precisa de ônibus especiais, rampas, etc. Um miserável que passa fome; precisa de esmola ou cheque-qualquer-coisa do governo.
Esse conceito não se aplica às empresas, a meu ver. Porque não existe empresa que trate bem um funcionário. Se você ganha bem na sua, parabéns, mas deveria ganhar mais. Por que é sempre assim. Mas os chefes sempre nos tratam de forma “igual” sendo que deviriam nos tratar como “desiguais”. Não falo de esmola não, falo de boa remuneração mesmo para que, tratados de forma desigual possamos nos igualar a eles. Doces sonhos...
Existe aquela velha historia da vaquinha, não sei se conhecem: Uma família tinha uma vaca e todo mundo se alimentava do seu leite. Um dia o patriarca desesperado, pq não tinha nada mais além que aquela vaca, perguntou a deus:
- O que devo fazer pra melhorar de vida?
E deus não apareceu e deu a grande DIK:
- EMPURRA A PORRA DA VACA DO PENHASCO
-Churrasco?
- Não, porra... Mata essa filha da puta...
Feito, a vaca foi pro “brejo” (RS). Meses depois a familia toda prosperou pq na falta da vaca tiveram que correr atrás das coisas e bla bla bla... [fim]
Todo pobre é aconselhado pelos mais ricos a sempre se manterem no “lugar deles”. Os ricos não querem que prosperemos. Mas eu confesso aqui: o meu maior medo de crescer na vida é me tornar mais um, como nossos chefes atuais.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Post # 3 5
Que a vida é um esgoto você está cansado de saber. E assim como o esgoto é a vida, não adianta: sua merda sempre vem à tona! Mas é divertido. O que eu sempre quis dizer com isso é que apesar das merdas da vida a gente sobrevive. Assim como as baratas, que tem uma sobrevida descomunal.
Assim como esses delicados insetos vivemos na escuridão da nossa solidão atrás de nossa sobrevivência. Comer, trepar e se reproduzir. Mas o foda é que às vezes alguém acende a luz e temos que nos esconder. Senão tomamos uma bela chinelada.
E muitas vezes não tem como escapar da luz. Temos que nos preparar para tomar chinelada, baygon no meio da cara... E pra quem é rato, cuidado com as ratoeiras!
Mas entre todas as baratas queria ser a voadora.
;-(
Mas a nossa sorte (e azar dos peixes) todo esgoto dá no mar...
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Post # 3 4
O questionamento em si não é o problema. Aliás, é o que faz o mundo girar. Mas a vida não faz sentido mesmo. Estamos aqui por acidente. Mentira! Mais uma. A vida tem sentido sim e já falei sobre isso aqui. O sentido da vida é a busca de sentido para a mesma...
Fico impressionado como não consigo escrever sem citar a mim. Colocar esses “eus”, dar a minha cara a tapa ao escrever. Não consigo não me expor desse jeito. Talvez seja uma fraqueza, talvez seja a minha defesa.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Post # 3 3
O mundo é a maior emulação que existe. Tudo o que vivemos e enxergamos não existe. “Existir”. Essa palavra é tão abstrata quanto qualquer sentimento. Sou o único que acha estranho ser um pedaço de carne pensante que mora numa bolota de terra e água que fica flutuando no meio do nada?
Venho pensando nisso. Sempre me pego pensando na porra do sentido da vida. Às vezes tenho certeza que sei, às vezes não tenho certeza de nada. Na maioria das vezes fico em cima do muro mesmo. A boa e velha “zona de conforto”.
As pessoas me falam o que devo fazer. Mas soa tudo tão repetido porque eu sei muito bem o que fazer para pelo menos emular um sentido para a minha vida. Às vezes tudo o que eu queria mesmo era ouvir “coloca a mão na cabeça que vai começar o rebolation” e simplesmente rebolar... Mas não... Eu penso. E, como falei outro dia no twitter, ser inteligente não é uma dádiva. É uma maldição.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Post # 3 2
Tudo o que termina não necessariamente tem seu fim. Uma estrela quando morre após uma grande explosão pode virar um buraco negro. Nosso corpo quando morre vira alimento para uma família inteira de vermes.
Tem gente que, mesmo acabando a fase da adolescência não sai da mesma. Às vezes terminamos um vicio apenas para começar outro. No caso do amor, isso não acaba. É como um vício latente. Está lá dentro da gente, fica guardado só esperando o momento de entregar este sentimento para outra pessoa.
A minha vida inteira fui impulsivo e sempre me recriminaram, mas eu era feliz e não sabia. Sempre fugia de relacionamentos sérios e um dia cansei de ser sozinho. Mas, oras: todos estão sozinhos e muita coisa é ilusão da nossa mente.
Existe uma “pré-disposição” para amar e é disso que eu sofro. Sou carente, sentimental, emotivo e ajo por impulso quando os sentimentos afloram. Mas agora estou de férias de mim. Cansei de ser eu mesmo e pretendo ser mais racional e não fazer mais planos colocando terceiros na minha vida.
Então o plano é o seguinte: não ter planos!
Apesar de querer ser racional não sei se vou conseguir. O ser humano tenta se colocar acima dos outros animais tentando negar seus sentimentos e não percebem que os tais sentimentos são uma grande obra da evolução humana.
O ser humano não sabe voar, não tem presas, nem garras, nem veneno, muito menos tem visão noturna. Mas nós amamos porque essa é a nossa proteção. No meio da cadeia alimentar onde o homem se encontra no topo, não temos mais nada a temer, somente a nós mesmos. Nossa solidão.
domingo, 27 de junho de 2010
Post # 3 1
Estava fuçando meu Fotolog em busca de algumas fotos. Apesar de algumas serem bem vergonhosas não consigo deleta-lo porque é uma especie de diario meu onde volta e meia estou lá a reler e rever alguns momentos da minha vida. Eu era bem melancolico, bem mais do que sou hoje em dia...
Antigamente me atrevia a escrever poesia e postava algumas lá. Não sei se está na métrica correta, dentro das regras, etc.. Mas ao reler o poema abaixo me identifiquei.
"Quero poder me livrar de medos
tento sorrir
acalantar um pranto
antes de dormir puxo meu manto
descobrindo os meus pés
sei que em todo túnel há um fim iluminado
mas o meu está lacrado
escrevo ali no muro meu sussurro escondido
brinco que é seu ouvido onde tudo faz sentido
onde deposito os meus gritos
jogo tudo em desespero
fecho os olhos,vejo tudo
pois de olhos fechados me escondo do futuro
na minha cabeça posso tudo
até amanhecer-me outra vez"
Parece que as minhas palavras continuam com os mesmos significados. Será que eu achei que mudei, mas não? Ainda terminei o post:
"pensando, pensando e pensando... quero voar, quero cantar, quero viver e amar... sou normal afinal, como diz a canção do poeta ' e no peito dos desafinados também bate um coração' "
terça-feira, 15 de junho de 2010
Post # 3 0
Tenho voltado do meu trabalho todos os dias de taxi. Eu saio meia noite, na Rua da alfândega e quem conhece o Rio de Janeiro sabe que ali nesse horário o centro vira uma terra sem lei. Após ser quatro vezes assaltado no ponto de ônibus exigi que me pagassem um taxi para voltar todos os dias pra casa ou não trabalharia mais ali. Não tinha mais condições psicológicas para isso. Fiquei traumatizado. Minhas exigências foram aceitas.
A empresa onde trabalho tem um convênio com uma companhia de taxi onde nos é concedido vouchers para uso exclusivo com a mesma. Todo santo dia eu ligo para pedir a minha “carruagem”. É engraçado que criamos vínculos, a começar pelos atendentes. Tem uma em especial que já me reconhe pela voz e o atendimento é muito mais rápido. Adoro, pois gasto poucos créditos no celular. Eu passo a imaginar como são essas pessoas. Imagino essa atendente uma bela mulher morena. Tem um rapaz que me parece ser bem jovem e tem uma voz macia e muito sotaque de carioca. Sotaque de carioca da zona sul (que é diferente!). Sotaque carregado, de surfista-lelek.
Os taxistas são um caso a parte. É cada historia que eu ouço... Um deles até escreveu um livro. Até tenho vontade de fazer um documentário com os taxistas que trabalham a noite. Se não me engano foi o 051 quem escreveu o livro.
Agora eles são números para mim: 059, 123, 129, 058... Hoje voltei para casa com o 058 e não foi a primeira vez. Dele me recordo bem. Eu moro em Vila Isabel, a 15 minutos de carro do centro, próximo ao Maracanã (para quem conhece um pouco do Rio poder se localizar). Na primeira viagem que fizemos me contou que nasceu e cresceu em Vila Isabel. Só saiu do bairro quando se casou na década de 80. Passando pela 28 de setembro ele me apontou a casa onde morou, aonde era a casa de uma namorada, próxima a minha. Parece-me que sempre quando ele está disponível ele pega a minha corrida. Não me parece coincidência. Parece que por alguns momentos ele quer visitar o lugar onde foi criado.
Hoje ele ouvia a radio Tupi onde o radialista narrava um assassinato. Um motociclista que quase atropela um mecânico que o xinga. Ele se sentiu ofendido, começaram a discutir. Armado, ele descarregou o pente no sujeito que quase foi atropelado por ele. Analisei ali, ouvindo o relato no radio, onde comecei a minha historia: na violência gratuita. Eu poderia ter sido vitima de alguém transtornado, porém, nunca sofri nenhum tipo de violência física. Poderia ser a minha historia sendo narrada. Mas não.
Num surto de falta de criatividade estou aqui, apagando meu segundo cigarro, enquanto escrevo. E não consigo amarrar um bom final para esse texto. Talvez eu duvide de quem leia ou até mesmo de mim. Só não tenho duvidas de que o 058 vai pegar a minha próxima corrida.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Post # 29
Eu tenho vivido intensamente nesses últimos meses uma historia que daria um bom filme. Eu que sou um apaixonado pelo cinema, TV (dramaturgia no geral) me vejo envolvido numa trama cheia de emoção.
Nunca imaginei passar por tamanha provação, por tamanha saudade de tudo o que poderia ter sido se tivesse acontecido de uma forma diferente. São tantas tramas que se cruzam, tantos personagens que acho que vai acabar em trilogia! Ou em continuações interminaveis como filme de terror adolescente.
E quem é o maldito roteirista? Porque sinto que não sou eu quem escreve. Estranho essa falta de controle. Você está quieto no seu canto planejando um futuro e as coisas subitamente mudam e mudam seu futuro. Apesar de tudo ainda dirigimos esse filme chamado vida, um grande roteiro sem pé nem cabeça.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Post # 2 8 “A grande fábrica de Desejo”
Max Horkheimer e Theodor W. Adorno ("Dialética do Iluminismo" 1947)
Começo citando um trecho deste texto e passo a comentar sobre um simples conversa de bar que culminou em uma discussão. Um grupo de amigos e eu falávamos sobre trivialidades da vida e acabamos no assunto “moda”. Mal percebemos o mundo em que nos cerca e um assunto tão descabido ao momento tem tamanha ligação com cinema, entre outras formas de se expressar artisticamente.
Tudo hoje em dia é industrializado e voltado para a massa. Uma simples necessidade, a de vestir-se, acaba de alguma maneira provocando desejos em nós criando assim outra necessidade: status. Vestir-se bem para conquistar mulheres, conseguir um emprego em uma entrevista, etc... Numa simples conversa de bar percebo a quão disseminada está à idéia do capitalismo: não somos nada se não pudermos ter.
E assim como “tudo podemos ter” instaurou-se a Industrialização da cultura, onde toda e qualquer obra artística se converte em mercadoria. Isso me remete a Andy Wharhol onde genialmente criticava em suas obras justamente a industrialização da arte, como vemos na imagem abaixo quando ele reproduz diversas notas que por sua vez serão trocadas por dinheiro de verdade:
A fotografia, por sua vez, o Cinema, surgiu da necessidade de registrar momentos. Assim como a necessidade de usar vestimentas. Criaram-se em cima disso outras necessidades e desejos o que culminou numa grande corrida por desenvolvimento tecnológico.
Herbet Marcuse criticava o descontrole do uso da tecnologia por justamente se sobrepor a razão, a individualidade da obra de arte. Questionou em quase toda obra as “possibilidades” e “necessidades” por trás dos desejos. Equiparando a Indústria cultural dos países capitalistas ao nazismo e ao stanilismo. Tudo então não passa de controle e política?
Adorno e Horkheimer, citados no inicio do texto, consideravam uma “perversão” ao Iluminismo, que pregava a favor liberdade do pensamento e de se livrar de velhos mitos através do uso das novas tecnologias e da razão. Como sabemos o nazismo fez escola, no sentido de uso da propaganda. Foi um dos primeiros movimentos a usar em larga escala a propaganda para a disseminação de sua doutrina nos meios de comunicação de massa. Membros da Escola de Frankfurt e judeus se viram acuados pelo uso da propaganda para escravizar o pensamento e alienar a massa. Estaria ali criada uma nova arma de dominação: o uso de intervenções tecnológicas para disseminar ideologia e alienar as pessoas.
Hoje em dia, culturalmente, nos vemos dominados pela escola norte-americana, onde cada vez mais o objeto é fragmentado para obter lucro em curto prazo. É tudo voltado ao lucro... O cinema americano se tornou um grande Mc Donalds aonde em poucos minutos você pode consumir pequenas porções de comida com grande quantidade de calorias que no fim não vai te fornecer os nutrientes necessários.
O produto final é pautado nas expectativas do consumidor, mas não necessariamente a particularidade de cada ser é respeitada. Comparando a moda o cinema americano é de “tamanho único”. Criou-se uma grande fabrica onde o único vislumbre é atingir a todos de forma com que tudo é padronizado, receita de bolo com apenas duas finalidades: controlar e ter lucro.
Hoje em dia o pensamento é banalizado. O discurso é construído de forma perversa. Torna-se um circulo vicioso aonde somente nos produtos Hollywoodianos será fonte de tal requinte inalcançável.
Aqui no Brasil, por exemplos, temos a Rede Globo, onde dramaturgicamente, politicamente e industrialmente comparo a Hollywood. Porque a maioria da classe baixa não gosta de se ver nas novelas produzidas? Acho perversa a maneira como grandes produtoras audiovisuais lidam com o desejo das pessoas e criam nela ainda mais esse desejo de ter coisas e assim, também, tornam-se o único meio ou via de ser ter tais coisas. Ou vislumbrar tais coisas.
No fim, uma obra cinematográfica acaba se comparando ao um simples tênis All Star: produtos populares, de fácil acesso, mas que nem sempre terá uma grande qualidade.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Post # 2 7
O texto abaixo foi escrito em 11/08/2006. Volta e meia volto ao meu antigo blog e me pego relendo estas palavras que me são tão atuais e que mexem mais ainda comigo.
Ensaio sobre o tempo
Tenho pensado muito no tempo. No tempo que me resta, no agora, no que passou. Principalmente sobre o que passou. Sobre coisas que fiz, que deixei de fazer. Nas pessoas que passaram pela minha vida, cada marca deixada por elas. O que será que preenche nossas vidas? Lembranças são mesmo suficientes? Nos resta então nos afundar em sonhos, ilusões autopiedosas, desesperadas, que acabam por desviar nossa atenção para a cegueira da infelicidade.
Claro, há um mundo vasto, muito mais complexo do que nossas mentes incapazes podem imaginar, porém não quero problematizar esse assunto no momento. Aqui finjo analisar o tempo, enfim.
Na hora de fazer planos o que vem à sua cabeça? Morte, quem sabe. O futuro certo, o único. Tranqüilo e feliz sei o meu futuro, por isso sigo atrás de um passado pleno, satisfatório, assim no leito da morte poderei pensar: eu vivi! Seria poético se não fosse trágico.
A divisão do tempo é errada, o presente é algo irreal, o futuro a mim não interessa, quero saber do meu passado.
Não quero dizer, minha gente, que não me ponho a sonhar, mas é claro que sim! Porém me controlo. Desejos alados, aqueles que te tiram do chão podem ser dolorosos, eu bem sei, senti na pele quando me peguei a planejar um futuro, e cá estou a exaltar o passado, pois o "futuro" me abandonou. E o passado não me deixa, é meu bem mais precioso e tenho sede de um passado saudável. Como se fosse um filho meu que irá me acompanhar pelo resto da vida e que no fim irá cuidar de mim.
sábado, 27 de março de 2010
Post # 2 6
Por mais que a maturidade nos chegue envolvida em torno de nossas responsabilidades, não percebemos, mas tudo o que vivenciamos em nossa infância nos influencia eternamente, até o dia de nossa morte.
Lembro que fui uma criança bem calma, era um acessório da minha mãe, que me carregava para todos os lugares. Me lembro bem. Todo domingo pela manhã acordava e batia na casa de uma vizinha. Morava em uma vila, sua casa era ao lado da minha. Adora tomar café da manhã com ela, era como uma avó para mim. Eu fugia mesmo de casa. Quando meus pais percebiam, já tinha acordado e me arrumado sozinho e estava tomando café com a Tia Vina. Adorava o café porque na casa dela era diferente, ela tomava café solúvel. Eu achava mágico. Misturava o café no açúcar e mexia até ficar a uma cor próxima aos cabelos grisalhos da Tia Vina. Depois ela colocava água quente e aquilo virava café! Era genial. Adorava também ir à feira com meu pai, os almoços de domingo que aconteciam lá em casa. Dos churrascos e festas que aconteciam na Vila José Freire, em Mangueira.
Nós crescemos e no deslumbramos com o mundo e nos esquecemos das coisas mais importantes: as coisas simples que nos eram tão prazerosas. Uma festa de família, os passeios de colégio... Queremos hoje em dia tumulto, agitação, festas maravilhosas e luxo, mas deixamos de lado outra coisa que também nos é muito importante: a relação entre seres humanos.
Voltando ao início, carregamos durante a vida nossa visão infantil. Só acho engraçada ser a pior parte de ser criança onde na verdade gostaria, e tento hoje em dia, olhar de outra maneira para o mundo. Encontrar o prazer nas coisas simples, sejam em gestos, palavras ou outros tipo de ferramentas pós-modernas.
Depois de muita volta que a vida deu, depois de muito chão, muita pedra e caco de vidro no caminho tentando almejar coisas inalcançáveis vejo que sempre fui uma pessoa feliz dentro do meu próprio mundo.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Post # 2 5
As pessoas em geral têm muito medo de assumir indecisões. Já passei desta fase. Hoje dia até acho graça da vida por ela não ter sentido algum, em como ficamos atados diante das diversas escolhas postas a nossa frente. Bem, talvez seja esse o sentido da vida: não ter sentido. Ou buscar algum sentido.
Me pego sorrindo às vezes, sozinho, de como as coisas tem acontecido da forma que sempre esperei. Acho que enganei a “Vida”. Ao invés de me desesperar diante das indecisões e das escolhas eu tenho deixado a onda me levar naturalmente. No momento mais calmo, de maior despreocupação, em que nada procuro tudo o que procuro me acha.
Podem vir pedras. Pode vir 2012. Pode vir um caminhão na contramão. Pode até um mar ficar no meu caminho. Não ligo... Hoje o tempo é meu melhor amigo.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Post # 2 4
Dias atrás li sobre como o cérebro humano se comporta diante da nossa percepção de tempo. Ainda não há respostas para tal dúvida. Nada relacionado ao cérebro tem muitas respostas. Não nas questões ligadas ao corpo, à carne. Falo de sentimentos e sensações, coisas que não podem ser tocadas.
Da mesma forma que alguns músculos são involuntários, como os presentes no coração, os sentimentos são também. Involuntários, eles surgem e dão sentido a nossa vida, nos colocam chão. Ou não.
O que poucos percebem é que existem mil vozes dentro do cérebro. Poucos conseguem ouvir. São tantas vozes indicando tantos caminhos que muitas vezes nos vemos ali, parados, sem saber qual caminho tomar. Porém, creio que muitas vezes devemos colocar tudo no automático... Deixar o carro descer a ladeira sem saber se o sinal irá fechar...
Ainda não sei como percebo o tempo passar, mas agora não quero me importar com isso. Estou deixando involuntariamente meu coração bater.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Post # 2 3
No réveillon de 2008 para 2009 eu trabalhei. Cheguei à festa onde viraria de ano 15 minutos antes da meia noite. Fiquei bêbado em 15 minutos para tentar acompanhar a todos os meus amigos que já estavam loucos. Duas e meia da manhã estava passando mal. Acho que carreguei essa vibe “vomitar pela janela do carro em movimento” pelo resto do ano...
Acordei hoje aqui analisando meu ano que passou e não consigo amá-lo, nem odia-lo. Foi um ano razoável. Quase equilibrado. Mas porque não estou feliz se o melhor caminho é o equilíbrio?
Recordo-me de 2000, onde foi um ano marcante onde conheci grandes amigos que carrego no peito até hoje. 2001 que foi um ano que vivi sob tortura. 2002 consegui sair da tortura, mas ainda não era aquilo tudo que queria. 2003 foi o ano da depressão. 2004 foi um ano bêbado. 2005 eu entrei para faculdade e vivenciei outras coisas, 2006 foi o ano de mudanças, 2007 foi um ano de reafirmações, 2008 foi um ano de crescimento profissional (mas nem tanto).
Acho que em 2009 eu amadureci, sentimentalmente e espiritualmente. As mudanças têm que acontecer de fora pra dentro ou de dentro pra fora?
Mais uma vez, no segundo post de 2010, estou falando de esperança. Ao mesmo tempo em que tenho esperança rola um medo. Eu sinto que coisas estranhas vão me acontecer nesse ano, coisas necessárias. Prometo no próximo post não ser tão Regina Duarte. Bem, vou parar de especular e vou viver.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Post # 2 2
Há tanto tempo que não escrevo que me sinto incapaz. As palavras andam tão distantes de mim como quase tudo nessa vida. Falando assim parece que estou na pior de minhas fases, mas não, estou bem comigo mesmo, apesar de uns “sobe e desces” normais que todos nós temos.
Tenho aquela esperança que 2010 será O ANO. E espero que seja. Quero apostar todas as minhas fichas, até porque passou da época de crescer. Preciso desenvolver meus projetos, ganhar dinheiro, sair de casa, ter meu canto... Essas coisas que todo mundo sonha.
Terminei um longo relacionamento que me foi muito desgastante no fim e ainda estou me reacostumando a ser solteiro. Estou redescobrindo as pessoas e está sendo muito difícil perceber que estou “desatualizado”. Muita coisa mudou. Não com as pessoas, comigo mesmo.
Bem, não dá para agir só com o sentimento. Não estou me fechando ao mundo, as coisas quando tem que acontecer, acontecem. Parece letra de pagode, mas é verdade... Agora tenho que concentrar minhas forças e arrumar minha casa antes de chamar visitas.
Beijos, meu Brasil.. Só não desejo um “feliz 2010" agora porque o ano só começa depois do carnaval.